A beleza sempre foi considerada um bem, mas ela nunca foi tão fundamental quanto é agora, na era da imagem e das aparências.
Se tornar mais bonito do que se era antes, mais novo, mais enxuto e mais jovem, viraram palavras de ordem num mundo que valoriza, cada vez mais, o autocuidado e a boa forma.
Há duas décadas atrás, a ciência ainda não comemorava tantas descobertas na seara da beleza e ser bonito e “conservado” eram apenas decorrências da genética, da sorte de do destino.
Dos anos 80 para cá, esse panorama mudou completamente e as pesquisas na área dermocosmética evoluíram tanto que, hoje em dia, há tantas novidades disponíveis no mercado que a maioria dos seres humanos não têm mais do que reclamar. Agora, para cada problema estético que antes abalava a autoestima da pessoa, há uma solução cosmecêutica eficiente.
Entre tantos incômodos, as rugas sempre lideraram a lista de queixas e o rejuvenescimento sempre foi um dos maiores desafios da ciência. No mundo contemporâneo, as desagradáveis marcas deixadas pelo tempo já podem ser minimizadas, com muita eficiência, sem mesmo recorrer a cirurgias plásticas. O segredo está nos potinhos de creme.
Em 20 e poucos anos de dedicação, os cientistas passaram a desenvolver cosméticos tão potentes e tão variados em seus efeitos embelezadores que, na atualidade, somos nós que temos que correr atrás dos lançamentos para não perdermos a oportunidade de voltar no tempo. Basta olhar uma foto nossa, nos anos 80 ou 90 e outra, recentemente tirada, que imediatamente podemos comparar como melhoramos de aparência.
Toda essa revolução tem explicação! Com o avanço das pesquisas, novas matérias primas com ativos altamente benéficos e antes desconhecidas, foram descobertas e passaram a fazer parte dos elementos estratégicos das formulações cosméticas. De um lado, a biotecnologia abrindo o caminho para a exploração de novos ativos vegetais e, de outro, a nanotecnologia, permitindo a elaboração de tratamentos microscópicos que invadem a atravessam as camadas mais profundas da nossa pele.
Observando o progresso das pesquisas, de duas décadas para cá, o mercado dermocosmético vem passando por fases incríveis, caracterizadas por tratamentos da moda. Numa breve análise, primeiro vivemos a era dos ácidos. Ácido retinóico e glicólico foram as estrelas dessa temporada, trazendo grandes ganhos no combate ao envelhecimento. Depois, entramos na era das vitaminas, com destaque para a Vitamina C, que se revelou um poderosíssimo recuperador da juventude da pele. A terceira fase de descobertas foi marcada pelos cremes multifunção, inaugurando a moda dos BB, CC, DD e depois dos EE Creams. Nessa fase, os cuidados anti-idade se somaram a outros benefícios, tais como a hidratação, a melhoria da textura e da aparência final da pele.
Depois de tantas novidades que apenas se somaram, sem excluir nenhum atributo lançado, chegamos na era dos Smart Creams: os cremes inteligentes que são produzidos para atuar de forma única e exclusiva com cada tipo de pele.
Esse é o auge das conquistas, um creme que se adéqua as necessidades individuais de cada usuário. Um conceito que surge a partir das tendências dos cuidados customizados, fruto das descobertas do genoma e do reconhecimento de que, cada ser humano é único.
Mas, afinal, o que é um Smart Cream?
O creme inteligente é formulado com moléculas sensíveis que possuem capacidade de resposta biológica, modulada conforme o ambiente terapêutico onde são introduzidas. É a novíssima tecnologia intuitiva que detecta as necessidades cutâneas em nível molecular a partir de micropartículas analisadoras.
É como se um scaner microscópico fizesse parte da composição da fórmula do creme, analisando as microestruturas da pele e liberando os ativos na dose certa. Mais para quem precisa de mais e menos para quem não precisa de tanto.
Os ativos terapêuticos que compõem esse tipo de creme podem ser selecionados conforme os desejos do usuário. Hidratantes, rejuvenescedores, anti-oxidantes, clareadores, formadores de novo colágeno, inibidores de marcas, relipidizantes, etc.
São smart creams, smart séruns, smart géis. As formas são variadas, assim como os objetivos do tratamento que, além da aplicação tópica na pele, se faz acompanhar do uso de cápsula orais. São os tratamentos In & Out, mais um novo conceito inaugurado pela ciência para a obtenção de resultados mais rápidos e efeitos, nas terapias de beleza. Tão inteligentes quanto os cremes de uso externo, são as cápsulas que fazem um percurso seletivo no corpo, indo atuar diretamente na fonte do problema a ser tratado, podendo agir como rejuvenescedores, anti-celulites, anti-estrias, firmadores ou com efeito de peeling sobre a pele.
Os Smart Cream chegaram definitivamente para ficar. E pela frente, há um longo caminho que a ciência ainda irá percorrer, agregando novidades e benefícios para o transporte microscópico dessas moléculas espetaculares.